"Tudo vale a pena quando a alma não é pequena"





Fernando Pessoa

terça-feira, 4 de março de 2014

Miss you. So much.

Admiro a ironia da vida. Sim, da vida e ela adora, adora dar-nos ironia. Tudo corre mal, depois desistimos porque corre mal e no momento em que o fazemos, a vida dá-nos ironia e começa a correr bem. Confuso? Normal. O meu avô ensinou-me bem. "Lema: Nunca desistir nem que a tua vida dependa disso.", e eu, ingénua, quase que dou um não a esse mandamento e deito tudo para o lixo.
Obrigada avô, por tudo, pelos ensinamentos, pelos "semi-puxões de orelha", pelas palavras e mais importante, pelas acções. Já não estás aqui fisicamente, e bolas, acredita, isso faz-me vir as lágrimas aos olhos, maldita saudade, mas continuas presente! Tanto nos sonhos como na minha vida, em cada acção que me leve a desistir dos meus objectivos, penso em ti. Quando o faço, reflicto e logo penso "waiiiitttt babeeeee, you are doing it wrong! Go back and fight!" 
Penso em ti tantas vezes, mais do que possivelmente devia, ás vezes a rir, outras a chorar, vivo-te
Aquela casa parece tão vazia desde que partis-te, não é a mesma. Nunca mais vai ser a mesma. Porque nunca mais vou entrar aquele portão e ver-te a cuidar dos sapatos aos Domingos "as pessoas precisam deles para ir à missinha das 21 rezar pelo nosso senhor, por ti e por mim". Nunca mais irei contigo lanchar e rir à gargalhada com as primas. Isso nunca mais volta. E doí. Mas não é uma dor má, é uma dor de saudade, é uma dor de memória, é uma dor que prova que tudo foi real, que marcá-mos as pessoas de formas que nem imaginamos quando partimos deste mundo sem retorno. Avô, nós éramos tão diferentes... Eu não acredito em Deus, nem em anjos, nem em qualquer outra coisa parecida e agradeço tanto por tentares mostrar as histórias da Bíblia de uma maneira que alguém com o meu pensamento entendesse sem nunca me forçar a acreditar na fé. Sempre me aceitas-te assim. Aceitavas esta geração "ciência", sem questionar, "ao que Deus não dá resposta, outras coisas darão". O tempo ajuda a aceitar, ajuda a curar, mas nunca vai ajudar a esquecer, e ainda bem. São estas memórias que tenho de ti que me fazem mais forte. São estes retratos que a vida te deu e me passou que me fazem ir em frente todos os dias. Obrigada Avô. Completamente, um enorme Obrigada. 

Finalmente consegui escrever algo, sem desertar, para ti * 



1 comentário:

  1. Simplesmente fantástico, o texto está muito bom menina, gostei bastante e revejo-me em muitas palavras aí escritas..Parabéns ** ^^

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