"Tudo vale a pena quando a alma não é pequena"





Fernando Pessoa

terça-feira, 6 de maio de 2014

"É ferida que doí e não se sente"

Um... dois.. três murros no saco de boxe e a raiva vai aumentando, quando atinge o pico já me doem as mãos... as lágrimas escorrem pelo rosto e envolvem-se no suor, desejo que ninguém repare nelas mas é tarde demais. Felizmente quem repara não tece nenhum comentário e eu continuo a bater com as mãos, com os punhos a doer mas sem parar na mesma porque apesar da dor, no fundo sabe-me bem. As lágrimas eram fruto da dor aguda que sentia, mas quem dera que fosse da dor de músculos e articulações, não, eram daquele mal que não passa com medicina, só com o tempo mesmo. Phones nos ouvidos e a música a gritar-me na mente, só me dá mais força para bater, mais energia.
Apesar da minha vida estar a melhor significativamente em vários campos, noutros parece que estagnou e não avança, ou então só recua. Este mês vai exigir muito de mim, mas quando ele terminar, espero voltar ao mesmo saco de boxe e as dores que sinta sejam apenas as físicas e aquelas que deixam os dedos inchados dos golpes mal dados. 

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