"Tudo vale a pena quando a alma não é pequena"





Fernando Pessoa

sexta-feira, 1 de março de 2013

Concertos de Verão


Ele não chorava.
Ele tinha um ar frio. 
Ele era gelado. 
Ele era misterioso. 
Ela apaixonou-se. 
Ela movia montanhas para o ter. 
Ele não queria saber. 
Ela tinha um jeito meigo de abraçar as coisas, doce, completamente o contrário dele. 
Ela adorava o jeito como ele era misterioso e ela sabia que se ia queimar, não dava de outra maneira. 
Naquele Verão, naquele concerto, naquela força de olhares ele cedeu, no maior beijo, no melhor momento, ele a beijou. 
Ela tremeu. 
Ela adorou. 
Ela se iludiu.
Ele fingia que não gostava dela, continuava o seu jogo azedo e frio. 
Quando faziam amor era bombástico, mas ele fingia não se importar. 
Fingia não querer saber.
Ele sempre fingiu não se importar.
Naquele Verão, naquela noite, ela teve um acidente. 
Ela ficou entregue aos anjos.
Ela o amava. 
Ele a perdeu.
Ele chorou.
Ele chora.
Ele a ama.






Moral:
Ok, tudo bem, nem tudo são passarinhos amarelos, rosas vermelhos e felicidade no ar, não, o AMOR DOÍ, ele DOÍ muito!
O amor é aquele bichinho chato que nos dá a volta à cabeça e congela os pensamentos, ficamos sem reacção! Somos capazes de mudar a nossa opinião porque "ah e tal não quero discutir, porque porra eu AMO-O!", o amor transforma as pessoas!
Mas ele é incrível, ele é fantástico e ele faz coisas poderosas.
Negá-lo é perder uma parte da vida.
Sorte daqueles que o encontram!

Sem comentários:

Enviar um comentário