"Tudo vale a pena quando a alma não é pequena"





Fernando Pessoa

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Reality show, na realidade qual a parte real da história?

É de facto natural que as televisões procurem programas e formatos que atraiam as pessoas, penso que não será novidade para ninguém que os preço da publicidade se deve ao número de espectadores que uma estação tem, e desse modo todos querem ser a estação mais vista. Não me choca que procurem formatos com pouco interesse cultural, o que me choca é ser precisamente esse tipo de formatos que atraí as pessoas quando já deixaram de ser novidade faz tempo. 
Vou tentar mostrar as coisas de outra perspectiva: 
    Após um longo dia de trabalho, em que o stress quase que escorre pelo corpo, é natural que uma pessoa queira descontrair, sentar-se em frente à televisão e ver uma série de coisas estúpidas que fazem rir e esquecer que amanhã é dia de trabalho novamente e a rotina não pára. Até aqui tudo bem. O programa em questão, a tal novidade, seria portanto algo do formado do big brother/casa dos segredos, meia dúzia de pessoas fechadas numa casa em que são lançados desafios minimamente idiotas. 
Acho que ao fim de 4/5/6 edições a pessoa que se sentava no inicio e achava piada à situação com o tempo desgasta e começa a procurar por novidades, mas isto seria assim por um hábito normal, no entanto não é isso que se tem sucedido. Esse formato nas televisões portuguesas já existe salvo erro desde 2001 com o big brother e ainda existiu antes um programa na SIC chamado "acorrentados" com a polémica Gisela Serrano, na altura era novidade, isso atraía. 
Hoje já deixou de ser novidade faz tempo, para além que até os próprios concorrentes alteraram, actualmente a maior parte das "mulheres" já pousou nua em alguma revista ou já se viu envolvida em algum tipo de escândalo, e os "homens", os "homens" de HOMENS têm muito pouco.
O intelectual dos concorrentes é posto à prova novamente, a maioria detecta-se que cultura não é com eles, imagem sim, talvez seja. Futilidade ao mais alto nível, é isso que vejo nesses programas. Pessoas que ambicionam tornar-se famosos, quando na realidade nada mais são que pseudo-famosos em que as revistas cor-de-rosa e jornais mal intencionados vão fazer de tudo para passar os seus podres, segredos e montes de mentiras cá para fora, lamento mas essa é a realidade, os média não têm qualquer interesse em mostrar à sociedade as meninas bem-comportadas e os meninos bonitos.
A maior parte, não sei porque, tem tendência em virar DJ, ridicularizando quem realmente entende da área, de 20 vinga 1 no mundo da moda, se tiver sorte, e se por sorte o seu nome não tiver sido manchado antes. Ganham dinheiro? É verdade que o ganham, mas aquilo dura para sempre? Parece-me que não. Ganham fama? Uma altura li algo num dos meus livros que dizia que a fama só dura se existir um talento por trás, e convenhamos que talento em tirar a roupa todos temos, mais não seja quando vamos tomar banho.

Ké K.


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