"Tudo vale a pena quando a alma não é pequena"





Fernando Pessoa

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Uma questão de visão

Visão 1- Há dias em que acordo e não paro de pensar. Naqueles 5 minutos antes do despertador tocar parece que a vida me passa em frente aos olhos. As possibilidades passam em frente aos olhos. As perguntas são quase sempre as mesmas, com a mesma filosofia e as mesmas respostas retòricas... Vais-te levantar para quê? Parecemos macaquinhos de um jogo de tabuleiro... Acordar, estudar, trabalhar, para quê? Para no final morrer. Vivemos para quê se vamos morrer? Algo incerto de certo porque nem sabemos quando vamos ser atingidos pela única certeza que temos na vida: a morte. O meu cérebro apressa-se a dar desculpas e também a tentar incentivar a que me levante e vá fazer mais um dia de macaquinho de tabuleiro... E assim vai a vida... Andando. E aqueles 5 minutos passam, reflectem, acabam.

Visão 2 - costumava-me sentir da mesma maneira... Com as mesmas perguntas na cabeça até descobrir que cada ser é único, cada vida é única, cada um tem as suas memórias, as suas histórias, as suas vivências e conclusões. Desde aí que faço de tudo para não ser mais um macaquinho de tabuleiro... Que tento viver a minha vida ao máximo. Não é fácil. Viver a vida ao máximo pode parecer fácil quando se é adolescente e os pais pagam as contas e as farras, mas mais tarde começa a complicar, há uma parte da vida em que realmente parecemos bonequinhos de tabuleiro, trabalhamos e vivemos para o trabalho, precisamos dele para conseguir ter qualidade de vida e ele quase nos consome. Depois vêm os filhos e a responsabilidade de uma família, nessa altura então somos escravos do trabalho, pensamos mais nos nossos filhos que em nòs mesmos. Como posso garantir-lhes roupa, comida, educação sem trabalho? Quase que anulámos os nossos interesses em prol da vida dos nossos filhos. Mas mesmo assim é possível viver a vida ao máximo. Em cada gesto por mais pequeno que seja estamos a adquirir conhecimento e a encontrar o caminho para a felicidade. É normal pensarmos em grande. Em grandes carros, grandes viagens e grandes festas, mas ás vezes é nas pequenas coisas que está o verdadeiro significado. É no sorriso do teu filho mais novo que te abraça quando chegas a casa chateado com o mundo, é na flor que o teu namorado arrancou por acaso de um jardim qualquer e te deu, é naquele "eu estou aqui" da tua melhor amiga, é naquele estranho que falou contigo no metro ou naquela ultima vez que tiveste esperança. Isso é viver a vida ao máximo. É fazer com que aqueles 5 minutos não sejam a pensar no "vamos lá para mais um dia" e sim num "hoje é o dia".


Qual é a tua visão?

sábado, 18 de janeiro de 2014

É paixão. Eu sinto que é... paixão.

Da mesma maneira que um pianista sente a música que toca, o suave toque de cada tecla, uma suave brisa de sentimento, as emoções fluem na sua música e a audiência sente com ele, vibra com ele. Dessa mesma maneira é como eu me sinto em relação à minha caneta, ao meu teclado, ás letras... Cheguei a duvidar da minha paixão... Mas se há coisa que me prende é um belo texto... Uma bela frase... Uma bela ideia... Bom ou mau, é o que gosto realmente de fazer. As críticas, depende de que lado vêm, podem e chegam, a consumir-me por dentro, a pensar se realmente estarão certas, mas sinceramente isso só me faz crescer. Já passou aquele tempo em que bastava dizerem que não gostam e eu pensava que estava errada! Se os cantores dizem que vão cantar até que a voz lhes doa, então eu digo que vou escrever até os dedos me doerem, ou até as ideias deixarem de fazer sentido.

Faz o que amas. Não podes? Há sempre uma maneira, se não é fazer disso vida, faz disso passatempo.  

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Puff

Não entendo e juro que tento. Todos os dias eu tento, entender-te. Todos temos histórias de vida diferentes e uma coisa é certa: todos temos um passado. A única coisa que difere é o grau de dificuldade com a qual cada um teve o seu. Eu tentei entender-te e interpretar-te pela dificuldade do teu, mas não dá, isso nunca será razão suficiente para as tuas atitudes e isso nunca será o motivo de perdões, porque há atitudes que ultrapassam em muito a barreira do aceitável! Mas calma, eu sei muito bem que não sou perfeita e cometi/cometo muitos erros, mas, será que muitos deles não terão sido por más escolhas tuas? Não, não estou a tentar culpar-te pelas minhas decisões, mas talvez seja a hora de meteres a mão na consciência e te veres como um dos meus principais motivos! Acredita, não há dor maior do que tentar perceber-se e nem com o maior esforço conseguir e ser praticamente obrigada a começar a ignorar-te. Mas em tudo. Tanto para o certo como para o errado.


Desabafo.