Todos nós sabemos que a raiva dói, se sente, arde, mas é só um momento de nossa vida. Eu já tive momentos péssimos, horríveis, que me apetecia destruir outra pessoa mas mantive sempre a cabeça direita e até agora estou a lidar com isso com calma. Podia me ter suicidado, mas não era solução, o erro de outra pessoa não valia esse sacrifício. Só pensava em pegar numa faca de cozinha e espeta-la no coração com um bilhete a dizer “obrigado pela merda que fizeste”, mas isso seria estupidez.E fiz isso? Que eu saiba ainda estou vivo, não morri, não me matei pela desilusão ambulante que para ali andava, consegui ultrapassar e se eu consegui qualquer outra pessoa pode conseguir. Temos que acreditar naquilo que somos, NÃO SE MATEM NEM DESTRUAM VIDAS SÓ PORQUE ALGUÉM COMETEU UM GRANDE ERRO, quando chegar a altura para morrer nós havemos de ir, eu não queria morrer antes da hora, segui em frente…
Acredito que o futuro será melhor do que aquele momento. Houve momentos na escola em que fui vítima de buling e naqueles momentos só me apetecia morrer, estava a sofrer, cheguei a pensar em matar-me, a dor era imensa, mas tinha um pressentimento que algum dia agúem ia descobrir e ia finalmente acabar o sofrimento, eu ia seguir a minha vida e eles a deles. E eu ia ser feliz. Não me suicidei, se eu me mata-se ia deixar provavelmente muita gente desconsolada, abatida, sem forças para continuar, e eu NÃO queria isso, por isso acreditei e consegui superar.
Só gente com muita dor (por exemplo: perder um filho) é que é louca o suficiente para se atirar por exemplo da torre Eiffel.
Não sejam burros! A vida é uma flor, cultiva-a e não a mates só porque te falta água, às vezes chove sem tu te aperceberes.
p.s: escrito por um miúdo de 12 anos. (que eu adoro)