"Tudo vale a pena quando a alma não é pequena"





Fernando Pessoa

sábado, 26 de abril de 2014

Ela.

Ela chorava como uma bebé amarrada à almofada quando se lembrava dele... dos momentos com ele... dos momentos deles. O desejo de gritar por ele consumia-a, de tal maneira que ela já nem se levantava. De tal maneira que a faculdade já lhe sentia saudades e os colegas/amigos de faculdade entupiam-lhe o telemóvel com SMS's e chamadas de preocupação. Ela limpava as lágrimas, fingia sorrisos, atendia as chamadas e dizia que estava tudo bem. Os amigos não acreditaram nisso, os verdadeiros não. Tocaram-lhe à campainha, exigiam a verdade, queriam saber os motivos para ela ficar sozinha daquela maneira. Eles tinham medo por ela. Medo que ela se perdesse. Confrontada com a verdade ela foi obrigada a abrir a alma para eles. E ainda bem. Ainda bem que a abriu. Eles e o tempo colaram as peças. Ela já se sente quase inteira. Praticamente inteira. Ela ainda chora agarrada à almofada, mas só quando se lembra do avô, ou quando escassamente e por breves segundos se lembra D'le.

Quando me perguntam se prefiro um grande amor a uma grande amizade a minha resposta é mais que óbvia : uma grande amizade. Já assim o fiz. 
Não escolhemos como nos apaixonamos, nem por quem nos apaixonamos e mais importante, não escolhemos a duração que esse amor vai ter. Provavelmente todos nós iamos desejar que esse amor, esse tal "perfeito" ficasse para sempre, mas basta de ilusão, não fica. Não se não lutarmos por ele e a cada dia o cultivar-mos e parar-mos de dar as pessoas como garantidas! Nada é garantido! O amor é como uma flor, rega-se todos os dias. Toques de romantismo, sexo, malícia, dor, prazer, ciúme, força, vontade, ironia, isso tudo são os ingredientes do amor e cabe a cada um de nós conseguir aguentar e anular os defeitos do nosso parceiro. Quando ele (amor) acaba ou quando as pessoas abdicam dele para sua felicidade (sim, o amor dá trabalho, um trabalho tão brutal que poucos aguentam) é preciso alguém para juntar as peças que ele deixa soltas, e quem se dá a esse trabalho? Os verdadeiros, os verdadeiros amigos. 
É mais fácil passar de amizade a amor do que amor a amizade.

Nós mulheres não temos a mania de meter os homens perfeitos na friendzone, nós temos é medo de perder um grande ombro e dali a uns meses estar-mos a dizer "O cabrão do meu ex...".










































Ela vai ser feliz e só deseja que ele também o seja. 
Juntos ou separados. Separados ou juntos.



sexta-feira, 25 de abril de 2014

Importar para sofrer? Liberdade por favor.

Tenho esta mania de menina de sorrir quando não estou bem, talvez para camuflar o sufoco que sinto por dentro ou então porque simplesmente não quero explicar para ninguém os meus motivos. Odeio explicar motivos. A maioria das pessoas não os entende. A outra parte pede-me para ter calma. Bolas, eu não gosto de ter calma, não quando estou a sorrir para tentar esquecer. Não, principalmente quando estou a evitar cair no poço. Deixem-me fingir que "domino" o mundo sem chorar, deixem-se fingir que está tudo bem, deixe-me evitar mostrar que estou mal! Deixem simplesmente..
Não há pior luta do que aquela em que nós somos o nosso próprio inimigo, aquela luta em que o coração luta com o cérebro para ver quem ganha! Aquela luta que já todos conhecemos pelo menos uma vez, se nunca a conheces-te, então.. tens sorte. 
Hoje tracei um objectivo, deixar de me importar. As pessoas são muito mais felizes quando não se importam. Importar dá trabalho. Já Fernando Pessoa o dizia, a dor de pensar era um problema. A dor de se importar era um problema. Mas não, não quero virar ignorante, só quero deixar de me importar com aquilo que já não me devia importar! Aquelas memórias.. aqueles sentimentos do passado. Esse é o meu objectivo, afinal quero reservar as lágrimas para os momentos que realmente importam, no futuro e sobre o futuro. 


Ninguém dá passos em frente quando continua a se importar com o passado. Nem faz sentido algum.
Se o passado se importasse comigo.. mas não se importa (NUNCA se importa!)

Abreijos.  

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Poderoso veneno.

Amor, uma palavra com 4 letras mas que provoca um estado psicológico único.. Há quem o compare a uma droga ou a uma cegueira, eu apenas o refiro como algo que não é possível definir porque ele aparece sem avisar e pelo menos no meu caso tem a mania absurda de me deixar o coração aos pedaços. O sacaninha faz tanta falta que quando desaparece as pessoas congelam como blocos de gelo, fecham as portas da mente a qualquer pessoa que tente entrar e evitam mencionar que têm coração. O amor cura, a ausência dele mata e a ilusão de que ele dura para sempre destrói.
Quando se agarra essa semente rara da vida o melhor é cultivá-la o melhor que se conseguir. Como é que se sabe se é verdadeiro? A mente humana é uma coisa... Nunca sabes. 


quarta-feira, 16 de abril de 2014

Sabes.

O desejo comanda a vida, ai se não comanda ! A força dele é que faz vibrar as cordas do mundo e dá cor ás coisas boas da vida.
Ela estava confusa, as coisas entre eles terminaram de uma maneira tão confusa e sem sabor, nem dava muito bem para entender a história, quando combinaram encontrar-se para conversar ela hesitou, mas acabou por concordar. Mau também não podia ser, ela já tinha sofrido tanto. 
O relógio marcava as 22 da noite e ela tremia em todo o seu interior, no fundo ela tinha medo de voltar a vê-lo e que todo aquele sentimento a consumisse, ele já a tinha magoado tanto, mas calma eles iam só conversar e cada um voltava para a sua vida após isso. Ele entrou no carro, deu boa noite do seu jeito tímido e ao mesmo tempo nervoso e ela retribuiu mas nem lhe olhou nos olhos. Sentia os olhos a arder como chamas, estava a conduzir e apertar o acelerador a fundo. Dos seus olhos caiam águas de mil torneiras e começava a soluçar, ele meteu-lhe as mãos ao volante e pediu-lhe que reduzisse e parasse para conversarem... Ela não queria encara-lo, só conseguia chorar, mas aos poucos foi soltando o acelerador até parar o carro completamente. Ficou presa ao volante uns segundos até levamente olhar para ele. Estava pálido, completamente branco e tentava justificar o que aconteceu para o amor perfeito dos dois ter acabado, mas sem grande sucesso. Ela estava lavada em lágrimas que lhe corriam o rosto caindo dos seus olhos extra vermelhos. Com uma força bruta ela saltou para cima dele, sentou-se no seu colo e deu-lhe dois estalos, fortes, muito fortes, tão violentos que o estalar foi altissimo e ele ficou com a cara marcada. Logo depois ela abraçou-se ao seu colo a chorar todas as mágoas enquanto ele furioso a tentava acalmar e deixava escapar uma e outra lágrima. Estiveram assim uns minutos, até ela o olhar nos olhos, ambos molhados e encarnados e se beijarem mutuamente, beijaram-se como se fosse o último beijo. A roupa começou a cair e os vidros a embaciar... O desejo comanda a vida... E o amor?...

segunda-feira, 7 de abril de 2014

É por isto que eu sou BENFICA.

Não falava português nem imaginava que alguma vez viesse a falar, mas já dizia "Benfica" quando na brincadeira me perguntavam qual era o meu clube. Eu era do Benfica ainda que na minha pequenez pouco entendesse do assunto. Na casa do meu avô havia (e há) cachecóis e símbolos do grande por todo lado, o Rei Eusébio senta-se connosco à mesa, através de um quadro antigo na parede da sala de jantar. Na antiga e velhinha carrinha Volkswagen do meu avô (pão de forma) havia uma mini-camisola do equipamento oficial do Benfica pendurada no espelho retrovisor. Naquela casa desde sempre se respirou Benfica (e respira). Eu era (e ainda sou ahah) a menina dos olhos do meu avô, passava horas com ele na sala grande a ver os jogos das antigas (e novas) vitórias do glorioso, ele passou-me esse testemunho, o testemunho de ser BENFIQUISTA. 
Sempre gostei de futebol, tenho uma irmão mais velho que me "picava" para ver os jogos do Colónia e do Bayern M. (da qual sou sócia desde que nasci devido ao fanatismo do meu pai), mas era com o meu avô a ver os jogos do Benfica e a ver a paixão que ele tinha (e tem) para com o clube da luz que o meu coração enchia! Era os jogos que eu mais gostava (e tolerava) ver! Esses pequenos momentos não tem preço! Não mesmo! 
Quando o meu destino traçou Portugal, fui morar para o Porto. A terra rival. Melhor, a cidade do clube rival. Os meus amigos chateavam-me para ir ver o Porto e apostavam que ia gostar do Porto e deixar de ser Benfiquista, "Isso são influências, tu pertences ao dragão" - diziam eles. Não cedi. Não tiveram sucesso. Pouco tempo depois, numa busca pelo passado, fui a Lisboa e pela primeira vez fui ver um jogo à Catedral da Luz. O que senti, não tem explicação, não há palavras que o definam. Senti a alma de milhões e pela primeira vez senti aquilo que o meu avô me tentava traduzir desde pequena! Senti que pertenço ali, no meio de milhares de almas a gritar pelo Benfica! Uma espécie de família. Aquela mística é de cortar a respiração, o cantar do hino faz o coração bombar mais rápido e confesso, ás vezes as lágrimas caem, porque é muito mais que um clube, é muito mais que uma empresa, é um lugar de alma, é uma paixão. 
É por isso que sofro quando vejo jogadores que não jogam pela camisola, ou treinadores que só vêem salário, é por isso que tenho raiva e me doí na alma, porque se trata de mais do que negócio! Trata-se de uma segunda casa!  6 milhões de almas que podem não ter nada em comum que ali, e pelo Benfica, são FAMÍLIA! 
Mata-me quando perdemos, mas mata-me mais quando perdemos sem garra, sem força ou sem LUTA!

Ao meu avô eu devo o Benfica, e no próximo jogo contra o Porto (se tudo der certo) vou levá-lo ao Estádio, só peço ao grande SLB que não se dê por pouco, por mim, por 6 milhões e pelo meu avô que merece essa vitória! O homem que mesmo a milhares de quilómetros de distância, a falar outra língua, conseguiu meter uma pequena menina a gritar a plenos pulmões pelo BENFICA.

<3 Raça, Crer e Ambição
Nós só queremos o Benfica CAMPEÃO!

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Portas e Rumos ;)

Portas que se fecham, janelas que se abrem. É sempre assim, o importante é ter esperança, sim, aquela pequena dádiva da vida que não te deixa desistir e que  enquanto a alma o permitir, nada será impossível. Novos "bentos", essa dádiva que no Norte se acentua no "B" [melhor dos sotaques é e será o do NORTE, fica aqui relembrado. De preferência o belo do Portuense (meu ahahahah)...].
A forma como a vida nos fecha portas pode por vezes ser bruta, mas serve para nos lembrar-mos para sermos humildes! A simplicidade com que abre janelas, também tem um propósito, serve para nos lembrar que desistir nunca fez de ninguém NADA. A capacidade dos fortes é saltar dessas janelas, de cabeça se preciso for. 

- "Não te arrependas de nada! Na vida tudo tem uma razão para ter acontecido! TUDO!" - confesso, ouvi-te, ouvi-te tanto! Interiorizei completamente o que disses-te! Alias, se certas coisas não tivessem acontecido, como é que eu tinha chegado até ti? e vice-versa... A tua força comove-me... talvez porque temos "almas" e "garras" parecidas. Tu estás aí, longe deste pequeno mundo, e eu estou aqui, longe do meu pequeno mundo... engraçado o que a vida faz né? Obrigada por cada palavra tua, sempre senti que podia falar de tudo contigo, até daquele assunto que me faz chorar, e tu sabes.. Adoro a maneira como usas a ironia para mostrar o caminho da vida, ahahaha "ás tantas, se isso não tivesse acontecido, não me tinhas conhecido! xDD".
Finalmente, finalmente posso dizer, que já vejo as tais janelas da vida.. essas tais pela qual em algumas delas preciso de me atirar de cabeça sem pensar nos "epá e se?????!" é esquecer os "e se.." e viver o agora! Para já viver Braga intensamente ahahah. Esta vida académica que já falta pouco para terminar, e quem sabe não terminará longe daqui, portanto, bora lá viver este semestre da forma mais intensa possível!!!  
O espírito desta cidade não se vive em mais lado nenhum! Demorei a encaixar por cá, mas agora já considero esta terra como minha também! Vai deixar saudades! Ah se vai... :) 
Quero deixar um agradecimento a todos os meus amigos que me apoiaram (e me estão a apoiar) nesta fase mais negra da minha vida, realmente vocês provaram que tenho os MELHORES DO MUNDO comigo, vocês são os messis e os cr7 da amizade, acreditem!!! (Nem preciso dizer nomes! Só digo que desde a margem Sul, indo para Lisboa, Torres, Óbidos, Setúbal, passando por Coimbra, subindo pela Covilhã, andando até ao Porto, dobrando a grande cidade, furando Viana, vindo por Braga, passando por Barcelona, caminhando por Toulouse,  Paris, passando pela Suiça, chegando à grande Deutschland e depois apanhando um avião até a Liverpool, tenho muitos agradecimentos a dar <33333) AHHHHHHHH e para as Caraíbas, New York, e NYC [Não me esqueci de ti, ahahahahah ]

Vocês são os melhores <3 

quarta-feira, 2 de abril de 2014

O melhor de mim, eu devo a ti.

"Acordei" com uma saudade tua, com a força bruta de um vulcão. Saudade do teu sorriso rasgado, do teu abraço sentido, dos teus beijos fofos, das tuas brincadeiras e até mesmo do teu resmungar. Saudades das longas manhãs em que, mesmo em aulas, matavamos tempo na brincadeira um com o outro. Do "gozo" que davas aos textos que escrevia e das vezes que disses-te "estás no curso errado loira, devias estar num curso de letras mulher!". Saudades das vezes em que estavas aqui para mim e eu para ti, sem cobrança, sem qualquer tipo de cobrança. 
Era fácil gostar de ti, com esse teu jeito fantástico de ser, essa maneira de enfrentar a vida com uma positividade que, apesar de realista, era gigante e contagiante! Confesso, esse teu sorriso nas segundas de manhã era irritante..
Fez o mês passado 5 anos que te perdemos para a terra dos que já não regressam, para esse mundo misterioso que ainda ninguém entende mas que todos para lá vamos. O tempo passa e leva as lágrimas, leva a maior parte da mágoa mas deixa por cá a saudade, essa nunca vai embora, nunca desaparece. De todas as saudades, esta, é a do pior tipo, não dá para mandar uma carta nem para viajar para aí, é algo sem retorno, não dá para alterar! 
Partis-te cedo demais, mas iria sempre ser cedo demais, sempre. És (sim és e serás) uma das pessoas mais importantes da minha vida e sem dúvida que foste uma das que mais marcou a minha vida! Prometo, por mais anos que viva, por mais moradas que possa vir a ter e por mais que a vida me mude, irei sempre mostrar e falar ao mundo o teu sorriso e a tua história, a tua pegada neste mundo, no meu mundo.

Saudade, Cedric Magalhães. 21 anos. Irmão por alma. Benfiquista doido. Alfacinha. Viciado em rir e fazer rir. Odiava manhãs. Adorava pequenos-grandes-almoços. Adorava crianças. Doido pela namorada. Fanático pelos amigos. Incrivel com a família. Festivaleiro. Partyrocker. Caloiro do ano. Humano.